Todo mundo que vai para estúdio gravar quer que o resultado seja expressivo e “grande”. Para conseguir isso, o caminho escolhido por algumas bandas é colocar a maior quantidade de elementos possíveis, o que, na maioria das vezes, acaba atrapalhando e gerando efeito reverso.

A lógica de que duas guitarras podem preencher melhor uma canção do que uma, por exemplo, pode ser traiçoeira. Por isso, aqui vão alguns exemplos de situações onde menos é mais, ou seja, retirar alguns elementos melhora o som.

Primeiro caso: uma banda está gravando a bateria de uma faixa, mas o bumbo não alcança a energia necessária. Um jeito comum de resolver esse problema é usando um sampler que simule o kick e dê mais peso a ele. Ambos podem soar bem separadamente, mas também correm o risco de não estarem cem por cento sincronizados e prejudicar a música. Ora, claro que isso pode ser resolvido na mixagem, mas não seria mais fácil cortar um dos elementos?

Segundo caso: É comum que instrumentos acabem disputando os mesmos espaços dentro da canção. Por exemplo, a gravação da voz pode estar excelente sozinha, mas quando é unida às linhas de guitarra ou de teclado ela perde a clareza. Isso significa que a música tem elementos diferentes ocupando as mesmas frequências. Para resolver você pode usar equalizadores e mexer nessas frequências, mas não seria mais fácil simplesmente cortar algum dos elementos que estão se chocando?

Para encerrar, um terceiro caso: é comum, principalmente para bandas com pouca experiência em gravação, que os músicos tentem fazer a canção soar “grande” e, para isso, mantenham a intensidade sempre elevada. O que isso significa? Falta dinâmica. Para uma música soar “grande” é preciso que exista contraste entre partes mais e menos intensas. Assim, a parte mais intensa vai se destacar e a música vai crescer.

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